Poema
Tu és um enigma que não porta chave diferenças-te de todas as mulheres, ninguém pode saber se odeias ou queres, no teu peito se tem que traçar: Quem sabe!
Possuis um pouco de fera e algo de ave, um dia beijas, mas outro dia feres Que ambicionas? Que esperas? Que preferes?
Tanto mistério na cabeça não cabe! Eu quisesse olvidar-te, mas não te olvido; desejaria com ânsia aborrecer-te, e nunca a nenhuma como a ti hei querido.
Gozo ao mirar-te e não quisesse ver-te Tu és, mulher fêmea, meu fruto proibido! Cedes-me a vida como também a ruína!
– Federico Barreto
Traduzido e adaptado por Pablo Alejos Flores

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